É, eu esqueço. Um monte de vezes, eu ainda esqueço.
Esqueço os jeitos que já sei capazes de hidratar o meu coração
quando os desafios se tornam mais tórridos.
Como alimentar a minha fé quando o cansaço tenta desnutri-la.
Como expandir o meu amor quando o medo faz de tudo
para estreitar o meu olhar.
Como acender jardins quando as circunstâncias parecem
querer apagar as sementes.
Como dizer sol quando o céu dos instantes diz um
mundaréu de nuvens espessas.
Como manter vívida a chama da ternura num tempo de
tanta covardia afetiva.
É, eu esqueço. Um monte de vezes, eu ainda esqueço,
mas não por muito tempo como antes.

éeee, como eu esqueço!
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